Ora em silêncio e confia em Deus, esperando pela Providência Divina, porque Deus tem estradas, onde o mundo não tem caminhos.
Meimei/Chico Xavier¹
O corpo é nosso instrumento, que formamos de acordo com nosso objetivo de agora e também como fruto de nosso passado. Mas cuide muito bem dele, para que seja um servidor bom, amigo e colaborador de suas necessidades e que possa levá-lo a viagens e passeios que encantem sua alma.
Simbolicamente podemos dizer que o corpo é o cavalo, e o espírito – que é cada um de nós –, o seu cavaleiro. Então temos que dar direção segura para ele, alimentação equilibrada, respirar e aspirar somente o ar fresco e o fluido cósmico que nos sustenta o físico e o espiritual.
Portanto, nada de sobrecarregá-lo com emoções e pensamentos que vão afetar diversos órgãos. Não discuta com quem não compreende você; não se irrite com filhos ou cônjuge que não aceitam sua direção, eles também estão aprendendo e vão crescer, se você insistir e se contrariar pode adoecer.
Deus não tem pressa
Que a nossa passagem pela vida terrena seja para encantar as pessoas, fazer sorrir, espalhar amor e luz e criar um ambiente de serenidade junto daqueles com que fomos escolhidos para viver – algo que buscamos, mas que em muitos momentos ainda estamos longe de conseguir.
Lembre-se: Deus não tem pressa, não se exalta conosco e nem fica cobrando mudança imediata. Assim como na natureza a água contorna os obstáculos, a semente não lamenta ser sepultada para dar fruto no futuro, estamos sempre sendo cultivados pelas alegrias e dificuldades, pela simpatia ou pelo confronto, para frutificar onde fomos juntos plantados.
Na verdade, estamos aprendendo constantemente. Há três mil anos um sábio, nascido na Índia, enviado no século 11 a.C., Sidarta Gautama, o Buda, nos ilumina o conhecimento: “O segredo da saúde mental e corporal está em não lamentar o passado, não se preocupar com o futuro, nem se adiantar aos problemas, mas viver sábia e seriamente o presente”.
Dois mil anos depois de Jesus, um mineiro simples, de Pedro Leopoldo (MG), nos daria um exemplo do que ele viveu: “O mais difícil é ajudar em silêncio, amar sem crítica, dar sem pedir, entender sem reclamar. A aquisição mais difícil para todos nós chama-se paciência”, Chico Xavier.
O melhor momento
Com o jovem que nos trouxe o código divino, e que não envelheceu, mas aos 33 anos voltou aos páramos de luz – Jesus –, conhecemos a força da lei divina: “A cada um segundo as suas obras”.
Nessa sentença do Cristo se contém integralmente a justiça de Deus, demonstrando que a lei é sábia e justa para todos.
Amigos, estamos atravessando a melhor fase e momento de nossas vidas, e mais importante do que crer, é fazer. Se a cada um é dado o retorno de suas ações, conclui-se que naquilo que você faz está o seu mérito.
E agora já sabemos que nossa herança não vem dos pais nem do país: é a imortalidade, nossa herança divina!
ARNALDO DIVO RODRIGUES DE CAMARGO é diretor da Gráfica e Editora EME
¹Amizade (Editora IDEAL)