Controle e discipline o acesso de seus filhos à mídia e não deixe de fiscalizar as informações escolares, enquanto for conveniente, sobretudo em se tratando de filhos na fase da infância e da pré‐adolescência.
– Ah, mas espera aí! Se eu ficar protegendo meus filhos, quando é que eles irão aprender a se virar sozinhos?
Quem vai educar seus filhos?
Pense um pouco, caro leitor: os outros é que irão educar sexualmente seu filho? Será que ele terá, de fato, que se virar sozinho para obter informações? Não seria você o primeiro a fornecê‐las, adequadamente, a ele, ou a ela? Será que você permitiria que fossem dizendo qualquer coisa a seu filho pequeno, sem seu conhecimento?
– Bem, mas em meio a tantas informações, serão eles capazes de selecionar as que forem boas, ficando apenas com as melhores? Afinal, o mundo é como é! Além do mais, como poderei eu evitar que ele escute as coisas que dizem os colegas, a TV, os professores, etc., etc.? Não dá para esconder nossos filhos do mundo!
Família e educação
É verdade que, em meio às informações veiculadas das mais variadas formas, há as que são boas e as que não são. E é possível que nossos jovens sejam capazes de encontrar, de fato, as que são boas. Mas quais haverão de escolher? Você tem como saber de que maneira os outros irão apresentá-las? Sim, porque não ignoramos que certos desregramentos estão muito em voga hoje em dia e que disparates são apresentados de maneira muito atrativa!
E só porque achamos que o mundo é assim, vamos entregar nossos filhos a ele? Então para quê a família? Para quê a educação?
De fato, jamais conseguiremos isolar nossos filhos do mundo, nem devemos fazê‐lo. Contudo, coloque uma mudinha tenra sob o sol forte e veja o que acontece.
Confiança e segurança
– Mas eu tenho confiança nos meus filhos e tenho a certeza de que eles virão conversar comigo, sempre que tiverem dúvidas.
Então ótimo! É aí que está a segurança.
Quando nossos filhos possuem vínculos genuínos e firmes conosco e uma boa formação moral, como resultado disso, estarão prontos para selecionar as informações que chegam através dos nos mais diversos meios de comunicação e submetê‐las ao padrão dos valores adquiridos. Afinal, é isso que nós, adultos, também fazemos constantemente.
Devemos estar atentos, porém, enquanto o processo educacional sexual ainda não estiver sedimentado o suficiente, de modo a podermos proporcionar, com a segurança necessária, autonomia aos nossos filhos.
O julgamento íntimo
É preciso que participemos ativamente do controle das informações que chegam por fontes diversas, que não as nossas, enquanto nossas crianças, pré‐adolescentes e adolescentes não tiverem maturidade suficiente para elaborarem um bom julgamento íntimo.
Inteirarmo‐nos dos programas educacionais da escola, através de nossa participação em reuniões de pais, estabelecermos regras de acesso à internet, estarmos atentos às amizades de nossos filhos enquanto isso se fizer necessário, saber onde estão e o que estão fazendo, além de selecionarmos programas e canais de televisão que não firam a dignidade de nosso lar, estão entre as preocupações que não devemos negligenciar.
Em nossa opinião, isso não implicará isolar nossos filhos do mundo, mas, sim, prepará‐los para o mundo.
E, é claro, isso demanda esforço de nossa parte.
ALEXANDRE FERRAZOLI PEREZ é médico ativo nas áreas de clínica geral, homeopatia e fitoterapia. Criador de diversos ambulatórios em várias casas espíritas, atua na subespecialidade de aconselhamento pessoal e familiar.
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