Descrição
Poetas que voltam – Bandeira
Manuel Bandeira, modernista da primeira geração, renasceu pernambucano em 1886. Historiador da Arte e crítico literário, tentou fugir do seu destino – a poesia – mas não conseguiu. Em seu primeiro livro, quando se recuperava de uma tuberculose em Teresópolis (RJ), assinou estes versos: “Eu faço versos como quem chora de desalento… de desencanto. Meu verso é sangue. Eu faço versos como quem morre”. Depois de sua morte, em 1968, tendo atravessado o fino véu que divide os dois mundos, o poeta conheceu enfim sua Pasárgada. E surpreendeu-se. Em vez de um reino de utopias, onde pudesse fruir as delícias e venturas de sua alma sonhadora, o que encontrou revelou-se ainda maior. “Inspirado no Evangelho que consola, seus versos de outrora, externando luto e dor, agora só cantam as belezas da Criação, o Amor”, escreve Bilac, retribuindo a gentileza daquele que também lhe prefaciou os poemas. De fato, este é um buquê de poesias, em dose dupla. De um lado, Bandeira; de outro, Bilac. Em ambos, a presença dulcíssima de Jesus, apresentado como o sol maior de nossa vida, a mais pura expressão de amor já vista em toda a Terra.
Poetas que voltam – Bilac
“Ora, direis: ouvir estrelas! Certo perdeste o senso…” – escreveu outrora o parnasiano Olavo Brás Martins dos Guimarães Bilac na sua famosa “Via Láctea”. Os versos de rima impecável do jornalista e poeta, que também compôs a letra do nosso Hino à Bandeira, continuam encharcados de ternura e também com as marcas de uma alma renovada. “Sigo recitando versos de contentamento e dor… Poesia de luto interior. Na tentativa de curar-me venho pedir-lhes que me permitam escrever”, roga o poeta, abrindo este ensaio literário. Ora, direis: Olavo Bilac, pedindo licença? Sim. O poeta que já deu provas de imortalidade em Parnaso de Além-Túmulo e Antologia Mediúnica do Natal aí está todo por inteiro. Não perdeu o senso, nem a noção do belo e do estético, embora continue, mais do que nunca, conversando com as estrelas..
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