MEU PAI E A MELHOR RELIGIÃO

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Progresso de leitura

As religiões no mundo são como os rios – todos caminham para o mar. E todas as religiões devem conduzir seu fiel para Deus.

E a melhor de todas é aquela que nos faz melhor criatura, mais humana, mais fraterna, mais generosa, mais tolerante, mais perdoadora. Aquela religião na qual sentimos que estamos vibrando em sintonia com seus preceitos e de acordo com suas orientações espirituais.

Tradição e costume

Muitos têm religião por tradição ou costume, mas não a seguem, e outros não praticam. Há mais de quarenta anos conversando com os espíritos desencarnados, através de médiuns, como se fosse um pronto-socorro do SUS espiritual, noto a maioria deles dizendo que não foram instruídos em relação à verdadeira vida.

Noto também uma desigualdade de gênero entre os sofredores: a maioria (em torno de 80%) são homens e poucas são as mulheres, algumas ainda presas mais aos laços de família e filhos.

A religião que nos faz melhores e mais tolerantes, mais desapegados material e emocionalmente, mais compassivos, mais éticos, é a que verdadeiramente nos aproxima do Criador e de suas leis sábias e justas, que nos regulam a vida e o destino.

Terceira guerra mundial

Meu pai era da Congregação Cristã do Brasil. Ele nos convidava para ir à igreja e dizia que o mundo terminou um vez em água, salvando-se apenas Noel, sua família e os animais (desde aquela época Deus tinha preocupação com o meio ambiente); e que, agora, o mundo iria terminar em fogo – a ideia da terceira guerra mundial.

Ele desencarnou e nada disso aconteceu.

Mas seus exemplos de amor à família, de honestidade e religiosidade foram vigorosos nele. Inclusive, não impondo aos filhos que seguissem sua crença – apenas sugeria e esclarecia seu ponto de vista.

E não era dado ao vício e nem de beber socialmente.

 

 

ARNALDO DIVO RODRIGUES DE CAMARGO é bacharel em direito com especialização em dependência química pela USP/SP/GREA e diretor da Editora EME