ENTREVISTA – WALDENIR CUIN

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Progresso de leitura

WALDENIR APARECIDO CUIN é casado, administrador de empresas e articulista em diversos semanários espíritas, autor reside em Votuporanga (SP). Escreveu diversas obras espíritas, entre os quais Respostas dos espíritos e Reflita comigo, todos publicados pela Editora EME. Nesta entrevista ele fala sobre seu novo livro Histórias reais e reflexões.

O que o motivou a escrever Historias Reais e Reflexões?

Os acontecimentos do cotidiano é sempre um repositório de ensinamentos. Refletindo sobre cada ato, atitude ou comportamento,  podemos, observando atentamente, extrair frequentemente grandes lições. Diante disso,  nossa proposta foi coletar essa fonte e difundi-la junto daqueles que se interessam pelo aprendizado.

O que deseja transmitir aos eleitores com essa obra?

Que podemos aprender de todas as formas e condições. A Providência Divina é tão farta e pródiga em mecanismos e recursos que, basta observarmos  o que nos cera e logo colheremos inúmeras lições, que nos remetem ao progresso espiritual.

O que nossos leitores encontrarão em Histórias reais e reflexões? Faça-nos uma resenha do livro.

Encontrarão história verdadeiras, colhidas ao longo do tempo, em  nossas sessões mediúnicas de socorro aos desencarnados e também em nossas atividades doutrinárias,  de assistência social e promoção humana, textos que carregam profundas experiências e ao mesmo tempo nos oferecem assunto para meditações. Reflexões doutrinárias com base nas obras de Allan Kardc, que nos permitem observar e colher apontamentos variados.

Que impactos podem causar o uso de histórias reais em um livro espírita?

As histórias verídicas tem o poder que apresentar ao eleitor uma situação real. A ação e a reação. A atitude e suas consequências naturais. Não se trata de algo hipotético mas de realidade palpável. São lições vivas que partem daqueles que viveram as experiências.

Por que Jesus utilizava-se de Parábolas ao invés de falar ao povo de maneira direta?

As Parábolas guardam ensinamentos nas entrelinhas. Cada vez que as lemos encontramos algo que não havíamos visto anteriormente. Por isso Jesus usava tal método. Ainda em forma de histórias fica mais fácil memorizar os ensinamentos.

Quer dizer então que as Parábolas são historias de nós mesmos?

Quando Jesus nos apresentou as Parábolas ele o fez usando as figuras, localidades e situações daquela época para melhor fixar os ensinamentos. Podemos concluir sim que elas são as histórias das nossas vidas.

Será que hoje entendemos totalmente o significado das Parábolas de Jesus?

Hoje mais do que ontem, mas nos dias do futuro, melhores preparados, vamos compreender com mais profundidade as lições que elas encerram.

É comum diferentes pessoas compreenderem a mesma Parábola de  modo diverso. Por que isso acontece?

Totalmente normal, pois que cada criatura respira em estágio diferente e, obviamente,  entenderá o conteúdo absorvido pela ótica das suas experiências e intelectualidade. Quanto mais luz num ambiente mais identificamos os pormenores.

Como a doutrina espírita pode nos ajudar no entendimento das parábolas?

Os estudos doutrinários, feitos com seriedade, tem o poder de clarear  nossos raciocínios, com isso nossa visão se amplia e se torna possível extrair das parábolas seus ensinamentos constantes, pois cada reflexão sobre elas mais informações sobre a vida eterna vamos conseguindo.

Na segunda parte de Histórias reais e reflexões você alinha algumas reflexões. Qual objetivo?

Contribuir de alguma forma com a divulgação dos ensinamentos do Cristo, sob a ótica do nosso pequeno entendimento. Por certos os mesmos assuntos já receberam inúmeras interpretações e receberão outras tantas, assim vamos estudando juntos na escola da vida.

O filósofo Sócrates afirmava que “a vida que não é refletida, não vale a pena ser vivida”. Qual a importância de refletirmos sobre as experiências que vivemos?

Vivemos uma jornada de aprendizado na Terra e a reflexão é uma forma eficaz  de fixarmos as lições que vamos colhendo. Tudo que nos cerca tem uma mensagem educativa, basta que reflitamos para encontrarmos as bases do nosso progresso espiritual.

Transformar esse momento em uma sessão de culpas e lamentações também ajuda no autoconhecimento?

Devemos identificar a culpa, os equívocos e erros visando repara-los, isso com maturidade e otimismo, na certeza de que ainda somos Espíritos pouco evoluídos, mas pranteá-los ou nos acomodarmos nas lamentações nunca será um bom caminho. Podemos até chorar, mas trabalhando na redenção.

Temos certa dificuldade em admitir nossos defeitos e erros. Isso não tornaria uma reflexão de autoconhecimento um processo desconfortável?

Seria talvez um processo sacrificial, pois que estaríamos revendo conceitos, opiniões e mesmo atitudes, no entanto qual crescimento não exige esforço, renúncia e determinação?

Que mensagem deixaria a quem nos lê agora?

Que nunca percamos uma única oportunidade de aprender. A vida é extremamente farta em lições. Indistintamente, todos nós, estamos cercados de ensinamentos, basta que queiramos enxerga-los e aproveitá-los. Nosso progresso espiritual não virá pelas mãos alheias, mas pelo nosso esforço em ser melhor hoje do que ontem e amanha ainda melhor hoje.

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