Um otimista fica acordado até meia-noite para ver a entrada do Ano Novo.
Um pessimista fica acordado para ter a certeza de que o ano velho se foi.
Billy Vaughn, maestro, arranjador e compositor estadunidense
Afinal atravessamos a tempestade da pandemia da covid-19, e chegamos ao Ano Novo de 2022, que está em seus primeiros dias, amadurecendo. O coronavírus não foi embora, retornou, porém, embora a ameaça agora seja mais contagiante, é menos deletéria. Ainda bem. E pelo visto novas doses de vacina serão necessárias, além das três inicialmente recomendadas.
Ainda, a morte
Sempre o final de ano é um tempo de euforia. Desta vez, entretanto, foi mais aquietado, porque estamos em dúvidas e precisamos de segurança. O maior temor é ainda da morte. Veja este caso: havia uma senhora que dizia desejar morrer; não queria mais viver, porque seu marido, já idoso, estava “galinhando”. Porém, em um dia em que ela se sentiu mal (sua pressão caiu e os batimentos desaceleraram), ela gritou: “Socorro, socorro, não me deixe morrer! Leve-me para o hospital”…
Novas metas
Começo de ano também pode ser de relaxamento, de descanso, férias, praias, viagens, mas uma boa parte não tem cansaço tecnológico, nunca!
Descanso e novas metas para o ano novo são importantes. Lembrando de não se afligir por grandes conquistas, porque o pouco pode nos bastar para sermos felizes. Como pensava o filósofo Demócrito, quatro séculos antes do Cristo: “Sábio é quem não se aflige com o que lhe falta e se alegra com o que possui. Ocupe-se de pouco para ser feliz”.
A chave da revelação é que o tempo só se faz novo se nos dermos a oportunidade de virar a página e fazer diferente agora. É preciso avaliar posicionamentos, costumes e hábitos antigos e ancorar novos conceitos, novos pensamentos que acolham novos comportamentos saudáveis e melhores.
Um novo livro
O Senhor da Vida nos concedeu um novo livro e suas páginas estarão em branco, vamos fazer a escrita de mais um capítulo, nesse livro que podemos chamar de oportunidades.
Pelo visto 2022 continuará com a covid-19, e poderá ser por meses ou anos. Portanto, nada de pânico. Nessa crise, teremos pessoas que estacionarão, outros fracassarão, e outros progredirão, porque na crise é que se destacam os que estão melhor adaptados e preparados.
Desafie seus próprios prognósticos
Gostei desta informação, que orienta (se você saiu e volta para casa):
“Você não precisa trocar de roupa com urgência e tomar banho. Pureza é uma virtude, paranoia não é! O vírus não está no ar. Esta é uma infecção respiratória por gotículas que requer contato próximo. O ar está limpo, você pode caminhar pelos jardins, pelos parques. Apenas evite aglomerações”¹.
Portanto, teremos que desafiar nossos próprios prognósticos. Eles são nossas janelas no mundo. As janelas mentais que transmitem a mensagem de “eu não consigo”, “eu não sou capaz” nos deixam blindados para o novo, e nenhum artifício de terceiros, por mais generosos que sejam, consegue desbloqueá-las. Só a boa vontade e a mente aberta pode nos fazer trilhar novos caminhos.
ARNALDO DIVO RODRIGUES DE CAMARGO, diretor da Editora EME
¹Mensagem atribuída à ministra da Saúde de Portugal, Marta Temido.