ENTREVISTA – MARCELLO CÔRTES

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Progresso de leitura

Nascido na cidade do Rio de Janeiro, MARCELLO CÔRTES é formado em Ciências Contábeis. Casado e pai de três filhos, atualmente vive na cidade de São Lourenço (MG), onde frequenta o grupo espírita Portal da Luz, no qual realiza o trabalho mediúnico de cura. Em seu tempo livre, Marcello escreve, toca flauta, pinta e lê. Caminhos para a vida é seu primeiro livro e é sobre ele que Marcello nos fala na entrevista a seguir:

Como conheceu o espiritismo?

Ao nascer nosso segundo filho – André Luís – nossa madrinha de casamento me deu o livro Missionários da Luz, que li e senti que meu caminho dentro da doutrina espírita estava se abrindo.

Qual a importância do espiritismo em sua vida?

Fundamental, visto ter-me conduzido a mudanças comportamentais e evolutivas importantes, ter criado nossos filhos na doutrina espírita e participado de várias atividades espíritas, no Centro Espírita Leon Denis (CELD), no Rio de Janeiro, por 35 anos.

Como a mediunidade auxilia nos seus livros e como ela auxilia em seu cotidiano?

A mediunidade auxilia nas psicografias, porque o que não é ditado é intuído. No cotidiano, a intuição continua funcionando, mais no sentido de orientações, notadamente para evitar tropeços e desgastes.

Qual a principal motivação para escrever Caminhos para a vida?

Senti que, ao longo de meu trabalho espírita, estava sendo chamado a colocar no papel algo que me vinha à cabeça, como orientação espiritual, que pudesse servir, pela leitura, a um número maior de pessoas.

Alguém o incentivou a desenvolver este trabalho?

O Espírito Hammed, em comunicação mental, me informou que gostaria de me ditar mensagens mais completas, que fossem de utilidade geral e que poderiam ser publicadas em livro.

Teve alguma surpresa ou dificuldade para realizar o livro? Quais?

A surpresa ocorreu mais por conta de como fluía o texto e a dificuldade era por conta de como evitar o meu filtro ao que estava sendo ditado.

O que o espírito Irmão Hammed deseja transmitir aos leitores com esta obra?

Ele dizia que gostaria de associar orientações doutrinárias ao contexto do dia a dia, como reportagens, o que confirmou na introdução do livro.

Poderia nos dizer algo sobre o espírito Irmão Hammed?

Na realidade Hammed é pseudônimo de um espírito que viveu na Índia e na França, mas o estou chamando de Irmão Hammed, com sua autorização espiritual, para evitar contratempos jurídicos, para a publicação do livro.

Como foi seu trabalho de psicografia junto a este espírito?

Muito agradável, pois ele teve a devida paciência de ditar pausadamente, não se importando com algumas paradas, que poderiam prejudicar o seu ditado.

Em Caminhos para a vida Irmão Hammed aborda uma série de temas atuais. É difícil aplicar o conhecimento espírita em assuntos do dia a dia?

Não é difícil, por que é a doutrina espírita constituída de um roteiro de caminhos para a vida, abordando um verdadeiro passo a passo de como nos sairmos bem, praticando o bem.

Como você analisa esse importante momento para a nossa Humanidade?

É um verdadeiro “choque” de transição aplicado pelo Nosso Pai Maior, fazendo com que a Humanidade reveja, mais uma vez pelo sofrimento, tudo que vem plantando de desmandos e inconsequências, através dos tempos.

Neste momento onde os centros espíritas estão fechados, como o espiritismo tem contribuído para um fortalecimento da espiritualidade em nossa sociedade?

Acho que tem ampliado de forma superlativa, pela utilização da Internet, a divulgação da doutrina, pois mesmo sem estarmos presentes fisicamente, podemos ter acesso a uma multiplicidade de “lives” e seminários pelas redes sociais, aumentando significativamente o acesso e aproveitamento dos conhecimentos disseminados.

E como Caminhos para a vida pode ajudar as pessoas neste momento tão delicado que estamos vivendo com a pandemia do coronavírus?

O livro tem uma gama extensa de textos para serem utilizados por quem estiver interessado em apreender boas mensagens espíritas, complementando suas atividades diárias, evitando mergulharem na escuridão do medo de serem contaminados e conduzidos a um desencarne precoce.

Assim como a atual pandemia, como os acontecimentos alteram nosso comportamento?

Qualquer acontecimento relevante em nossas vidas, poderá servir de exemplo para a nossa conduta, desde que tenhamos a capacidade de transformá-lo em ganho de evolução no dia a dia.

Mas diante do atual quadro de ansiedade, de incerteza, o que devemos fazer por manter nosso ambiente mental saudável?

Em primeiro lugar não se deixar contaminar por notícias de baixo astral, que nos deixam inseguros e, como antídoto, utilizarmos a prece como escudo mental aos maus pensamentos, oriundos da carência de fé, tão comum nos dias atuais.

Como não ter conflitos numa sociedade que nos leva a insegurança?

Procurar conviver socialmente de maneira harmônica, evitando que sejamos dominados por pensamentos deletérios, que nos levem a momentos de cólera, tornando-nos agressivos e intempestivos, fomentando inimizades, até mesmo dentro do nosso lar.

Quando o assunto são estes conflitos íntimos, que soluções e/ou “caminhos” nos sugere Caminhos para a vida?

No capítulo A indispensável vida em sociedade, página 170, do livro em apreço, observando-se o texto:

“O caminho para vivermos na atual sociedade, não resta a menor dúvida, está em sermos cada vez mais cooperativos, cada vez mais desprendidos de bens materiais, cada vez mais humanos e compreensivos, cada vez mais indulgentes, não nos deixando dominar, nunca pelos pensamentos e atitudes dos mais insanos e inconsequentes, que tentam dominar os mais despreparados.” 

Estamos vivenciando os “tempos chegados”? Em que sentido devem ser entendidas essas palavras proféticas?

É como se fosse uma previsão de que o mundo está se aproximando de seus dias finais, impactando mentes e corações no sentido de atribuir, tudo de ruim que estiver acontecendo, à consumação das calamidades previstas para a aniquilação do Planeta Terra.

As aflições coletivas que determinados povos (ou todo o planeta) passam, está relacionado com compromissos de aprendizados coletivos?

Com certeza acontecem para que tenhamos participação no auxílio aos atingidos diretamente pelas aflições, calamidades ou tragédias, fazendo com que sejamos tocados no sentido de um aprendizado de nos movimentarmos com solidariedade a favor do próximo.

Qual é a noção de “sociedade” para os Espíritos Puros e que esforços podemos empreender em nossa Terra para caminharmos em direção a esses paradigmas?

É uma sociedade angelical, onde já chegaram no topo da escala evolutiva, e trabalham no sentido de orientar os menos evoluídos, nesse caso na Terra, para alcançarem a conquista gradativa da perfeição. Devemos lutar intimamente à saciedade, para conseguirmos alcançá-los e fazermos parte dessa sociedade.

Como deve ser nossa postura enquanto espíritas: somos ou não deste mundo? Como devemos viver neste mundo? Como cidadãos espirituais ou como cidadãos do mundo?

Encarnados somos cidadãos deste mundo, mas certamente nosso espírito é eterno e faz parte, também, do mundo espiritual. Contudo, abraçando os ensinamentos da doutrina espírita, vivamos neste mundo, com as provas e expiações que nos forem propostas, sempre nos esforçando para evoluir, um pouco a cada dia, para chegarmos bem ao outro lado.

Caminhos para a vida nos mostra a necessidade de reforma íntima. Como devemos agir no mundo que pede tanta competição?

Reforma íntima deve ser a postura definitiva que devemos assumir na orientação de nossas vidas, mesmo que a competição se apresente como uma regra de conduta planetária.

Os três últimos capítulos de Caminhos para a vida são um verdadeiro roteiro para se alcançar, sem sofrimento, a paciência, a benevolência e a caridade. Por que foram escolhidas estas três características?

Na realidade não foram escolhas minhas e sim ditames do Espírito Hammed. Considero que assim foi porque são atributos que devem ser somados, a fim de que possamos conquistar uma boa parte dos caminhos, em nossa vida de relação.

Que mensagem deixaria para quem nos lê agora?

Hoje, mais do que nunca, estamos necessitados de guias que nos orientem no caminho da luz, por isso recomendo que o estudo e vivência incremental da doutrina espírita deve fazer parte da disciplina que devemos manter para que, de pouco em pouco, nos reformemos e possamos fazer parte dos escolhidos!

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