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Opinião Doutrinária

Deus não é fiel. Nem brasileiro

por editoraeme 15/12/201730/08/2018
Escrito por editoraeme 15/12/201730/08/2018
Deus não é fiel. Nem brasileiro

Não é preciso nenhum glorioso episódio para que as pessoas se sintam próximas de Deus

Conta-se que Deus, cansado de tantas petições dos homens, procurou esconder-se num lugar onde ninguém o encontrasse. Consultou alguns dos serafins, que o aconselharam a internar-se em Marte ou em algum outro dos planetas. Mas logo um arcanjo contestou a ideia, lembrando que americanos e russos já haviam sondado o solo marciano, e que os telescópios gigantes de Palo Alto, na Califórnia, acabariam por localizá-Lo.

Eis que outro anjo disse ser portador de ideia melhor. Deus deveria habitar as profundezas do oceano. Quem ousaria procurá-Lo nas regiões abissais dos mares? Mas, da mesma forma, outro membro da corte celestial, tratou de combater a ideia. Pesquisadores franceses e australianos vivem a mergulhar e explorar o fundo do mar, no estudo da fauna e da flora subaquáticas. “Ali não seria seguro”, ponderou.

Quando todos pareciam desolados, e Deus já pensava em desistir, outro súdito do Senhor, que executava uma harpa paraguaia, apresentou proposta que foi de imediato aceita. Deus deveria emboscar-se na consciência dos homens, porque o homem raramente ousa procurá-Lo aí.

Nessa pitoresca história, há muito de verdade. Deus e o seu reino estão dentro de nós. E é aí que vamos encontrá-Lo em nossas preces e meditações. Porém, na tentativa de compreender sua natureza íntima, temos na maioria das vezes esbarrado no antropomorfismo, ao transferir, à divindade, características e atributos que são do homem.

Entre os antigos, a divindade esteve associada às vitórias no campo de batalhas, a fenômenos e forças da Natureza, à fartura nas colheitas. Os hebreus fizeram-No Deus de Israel, o deus guerreiro que conduziria a tribo de Judá na vitória sobre os inimigos e na conquista da terra prometida. Ora, como imaginar que o Senhor do Universo faça diferença entre nações e raças, privilegiando umas em detrimento de outras?

Com efeito, frases como “Deus é fiel” ou “Deus é brasileiro” – que no Brasil falamos em tom de brincadeira, naturalmente – denotam a carga antropomórfica que ainda carregamos. Afirmar que Deus é fiel, por exemplo, é admitir, tacitamente, que Ele, a perfeição absoluta, pudesse não sê-lo. Da mesma forma, propalar que Deus é honesto, correto ou ético, constitui outra insanidade!

“Muitos ainda esperam por Deus numa carruagem de fogo, ou em meio ao cântico dos Anjos”, afirma Gardênia Duarte em seu livro Deus e você – o grande encontro, publicado pela Editora EME. A autora, juíza em Salvador, mostra nessa obra que os caminhos para esse encontro estão nas intuições, nas preces e meditações, no trabalho de autotransformação. “Não é preciso nenhum glorioso episódio para que as pessoas se sintam próximas d’Ele e possam ouvir Sua voz”, assinala.

Coube a Allan Kardec, o insigne codificador da Doutrina Espírita, elucidar a questão, na sua magistral obra O livro dos espíritos. Segundo Gardênia, a primeira das perguntas que Kardec formulou aos espíritos – Que é Deus? – é uma revelação e um salto para o conhecimento humano. “Deus é a inteligência suprema, causa primária de todas as coisas.”

Mas a todos é dado como encontrar a Deus e compreender o mistério da divindade? A autora afirma que sim, apoiada no que responderam os espíritos superiores a Allan Kardec: “Quando o espírito do homem não estiver mais obscurecido pela matéria e, por sua perfeição, se houver aproximado do mistério da Divindade, ele então O verá e compreenderá” (questão 11 de O livro dos espíritos).

Muitos cientistas, literatos, pensadores, artistas, educadores e uma infinidade de grandes profissionais em diversas áreas do conhecimento humano foram intuídos pelo plano cósmico, ou instruídos através dos sonhos ou chamados ao trabalho missionário.

Os insights de Allan Kardec, o codificador do espiritismo; de Bezerra de Menezes, que se decidiu pela leitura de O livro dos espíritos, numa viagem de bonde, ou mesmo as obras missionárias de Buda, Madre Teresa ou Chico Xavier são citados como trilhas para o “grande encontro”. E conclui: “Eles não procuraram nas estrelas, nem sondaram a profundeza dos oceanos, mas mergulharam fundo dentro de si. E lá O encontraram”.

*RUBENS TOLEDO é jornalista e diretor de Comunicação na USE São Paulo. Produz e apresenta o programa A Vida Continua (www.avidacontinua.org.br). Na Editora EME, atua como revisor e colabora na avaliação e preparação de originais.

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