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Artigo Espírita

Crianças podem ser obsidiadas?

por editoraeme 24/08/201823/08/2018
Escrito por editoraeme 24/08/201823/08/2018
Crianças podem ser obsidiadas?

Seres pequeninos, cercados de obsessores?

Conheça o entendimento espírita a esta questão que intriga e causa perplexidade

“O espiritismo nos esclarece que o processo reencarnatório prolonga-se até os sete anos de idade. Nesses primeiros anos de vida física o espírito, na fase infantil, mantém vínculos bastante estreitos e mais ou menos intensos com o mundo espiritual, a sua pátria de origem. A presença de espíritos amigos, do seu espírito protetor é mais próxima, no intuito de sustentá-lo nesse recomeço”, analisa artigo da Revista Auta de Souza.

E observa que “durante muito tempo, havia a ideia de que a criança não sofria atuações de obsessores. A prática, porém, mostrou outra realidade. Assim, muitos dos achaques, doenças e problemas apresentados na fase infantil, aos poucos, foram sendo identificados como presenças de espíritos perseguidores, evidenciando que processos obsessivos também atingem as crianças”.

Em 1981, na obra Obsessão/Desobsessão, a escritora Suely Caldas Schubert já alertava que “o número de crianças obsidiadas tem aumentado consideravelmente. Há bem pouco tempo chegaram às nossas mãos, quase simultaneamente, cinco pedidos de orientação a crianças que se apresentavam todas com a mesma problemática de ordem obsessiva”. E diz mais: “Um desses casos era gravíssimo. Certa criança de três anos e alguns meses vinha tentando o suicídio das mais diferentes maneiras… Foram feitas reuniões de desobsessão em seu benefício, quando se verificaram as origens do seu estado atual. Atormentada por muitos obsessores, seu comprometimento espiritual é muito sério”.

A ação das entidades obsessoras acontece de diferentes formas, como esclarece ainda o artigo da citada revista: “desde as perturbações do sono, causando pesadelos que infundem o terror noturno, tanto quanto provocando inquietação, irritação, medo, agressividade, mudança de comportamento, depressão, tristeza, complexos diversos, perturbações de aprendizado, suscitando ideias terríveis de maldades, suicídio etc.”

Como é possível imaginar, porém, a permissão de Deus a semelhantes situações com crianças?

Allan Kardec, nos comentários à questão 199 de O livro dos espíritos, apresenta a chave principal para o entendimento desta situação:

“Não é racional considerar a infância como um estado normal de inocência. Não se veem crianças dotadas dos piores instintos, numa idade em que a educação não pôde ainda influenciá-las? Não se vê que algumas parecem trazer de nascença a astúcia, a falsidade, a perfídia, o próprio instinto do roubo e do assassínio, e isso apesar dos bons exemplos de que estão rodeadas? De onde vem a perversidade precoce, a não ser da inferioridade do espírito, já que a educação parece em nada influir? Os que são viciosos o são porque seu espírito progrediu menos, e então eles sofrem as consequências, não dos seus atos de criança, mas dos de suas existências anteriores, e dessa forma a lei é a mesma para todos, e todos são atingidos pela justiça de Deus.”

Seres frágeis, pequenos, indefesos? Sim, se olharmos apenas o aspecto físico do momento.

“Não há quem não se enterneça diante de uma flor solitária no campo, principalmente quando ameaçada por ervas que a sufocam. Assim também nos sentimos diante de Hortência, um lindo bebê, quando sua mãe, Margarida, a trouxe ao Centro Espírita Grão de Mostarda para que lhe ministrássemos um passe”, comenta o escritor Luiz Gonzaga Pinheiro em seu livro, A pequena flor do campo. A obra, publicada pela Editora EME, descreve um complexo caso de desobsessão realizado em favor de uma menina de apenas 45 dias de vida, envolvida por cruéis inimigos que, a todo custo, queriam levá-la à desencarnação.

“Serena, Margarida sentou-se à nossa frente e passou a contar sua estranha história. Seu sofrimento fora anunciado há alguns anos. Sua mãe, frequentadora e trabalhadora de um centro espírita em Fortaleza, havia sido informada de que seu pai, já desencarnado, voltaria à carne na condição de filha de sua filha, ou seja, a neta receberia o avô para dar-lhe a devida educação, cuja falta o tornara um déspota”, continua Luiz Gonzaga, trazendo à tona um dos fatores principais para influências espirituais negativas envolverem uma criança: os equívocos do passado.

A esse respeito, o espírito Manoel Philomeno de Miranda observa, em seu livro Trilhas da libertação, que “a visão do espiritismo em relação à criança obsidiada é holística, pois que não a dissocia, na sua forma atual, do adulto de ontem quando contraiu o débito. Além disso, propõe que se cuide não só da saúde imediata, mas sobretudo da disposição para toda uma existência saudável, que proporcionará uma reencarnação vitoriosa, rica de experiências iluminativas e libertadoras”.

A mãe de Hortência se mostra consciente deste fato: “Sei que meu avô tem muitos inimigos, mas quero educá-lo para que respeite a todos, principalmente a Deus.” Seu plano era educar a filha, sobretudo moralmente, para que ela suportasse os golpes dos inimigos, conquistando-os pelo exemplo de fé e de amor aos sofredores. “Um belo plano como este certamente terá apoio integral dos bons espíritos”, respondeu Luiz Gonzaga ao final da conversa. “Naquela noite a reunião de desobsessão, emergencialmente, foi toda dedicada à pequena Hortência”, finaliza.

É importante observar, apesar de tudo, que é pouco comum encontrar crianças enfrentando processos obsessivos. Estamos tratamento aqui de casos mais raros.

As casas espíritas dispõem de uma série de recursos que podem ser utilizados para auxiliar nesses casos: o passe e a água fluidificada, a orientação e o estudo para pais e filhos, os livros com conteúdo elucidativo e edificante, a prática da caridade e, é claro, as reuniões de desobsessão.

A família deve também cumprir o seu papel, mantendo o equilíbrio e a harmonia no lar, cuidando da educação das crianças sempre com amor e muito diálogo, desenvolvendo o senso moral delas por meio da caridade e realizando regularmente o culto do evangelho no lar.

“O homem pode amenizar ou aumentar a amargura das provas por sua maneira de encarar a vida terrestre. A certeza de um futuro próximo, mais feliz, sustenta-o e encoraja-o, e, em vez de se lamentar, agradece ao céu pelas dores que o fazem progredir. Para aquele, ao contrário, que só vê a vida corporal, esta lhe parece interminável, e a dor recai sobre ele em todo seu peso”, dizem os espíritos no capítulo 5 de O evangelho segundo o espiritismo.

As leis de Deus são justas e misericordiosas. Sempre nos oferecem oportunidades de renovação de pensamentos e atitudes. Mais ainda: de reparação dos atos cometidos no passado. Aproveitemos sempre essas oportunidades, auxiliando a todos, em especial as crianças, nesse caminho de crescimento interior.

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