TUDO NA NATUREZA CONSPIRA A FAVOR DA VIDA

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Progresso de leitura

O evangelho de Jesus é um hino à vida. E a vida é o mais alto investimento de Deus na criação. Quando Jesus afirmou: eu vim para que todos tenham vida e a tenham em abundância, referiu-se ao elevado valor que a vida tem, situando-a acima de qualquer outro aspecto no universo.

Por isso, todo aquele que atenta contra ela, seja a sua ou a de outrem, comete um crime brutal contra as leis de amor instituídas por Deus. Tudo na natureza conspira a favor da vida. Vírus e bactérias, que são os seres mais simples na escala evolutiva da biologia terrena, podem permanecer em estado latente quando as condições de vida forem desfavoráveis durante anos até que, retornando essas condições adequadas, eles despertam do sono letárgico e reiniciam suas histórias de vida.

Respeito, cuidado e vigilância

A vida é persistente. Uma vez criada já faz parte da eternidade. O maior presente que Deus dá aos seres que cria, e Ele jamais para de criar, é a eternidade. Somos imortais. Imortais e com sentimentos, a culminar no maior deles, o amor. Portanto, fugir da vida é simples‑ mente uma aventura impossível. Que se conscientize dessa verdade todo aquele que pensa em preparar emboscadas contra ela.

Devemos à vida uma admiração respeitosa, uma reverência sagrada, um cuidado delicado e vigilante a fim de que nada a perturbe. Toda vida é sagrada; Emmanuel quando fala da maternidade geradora de vida acrescenta: a maternidade é um segredo entre Deus e a mulher. A vida é a realidade mais palpável e abundante no universo. Somos herdeiros de um Deus vivo; nosso governador espiritual, Jesus, é um ser vivo; tudo que nos cerca caminha para a vida sob a forma de princípios inteligentes que se abrigam nos minerais, vegetais, animais e se promovem nos humanos.

A preocupação da espiritualidade

Por qual razão alguém se acha com o direito de agredir a vida? Loucura? Desespero? Rebeldia? Seja qual for o motivo, que fique certo de que nada ou ninguém conseguirá barrá-la. Um tiro no peito não mata a vida, apenas perfura a vestimenta que a acolhe. Seja qual for o motivo que leve alguém a agredir esse patrimônio inalienável, a vida, estará apenas criando problema novo e grave, adicionando mais combustível à sua fogueira de sofrimentos.

Existe uma preocupação por parte da espiritualidade para que atos brutais cometidos contra a vida sejam reparados.

Nenhuma vantagem real ou imaginária poderá advir de tal tentativa de fuga, contrária a todos os princípios éticos, morais, filosóficos e religiosos já construídos no planeta. O suicídio não é uma alternativa para fugir do sofrimento até mesmo porque o sofrimento tem um propósito na vida, ou seja, dela faz parte. Vejamos em O evangelho segundo o espiritismo, capítulo 9 qual a sua razão:

[…] a dor é uma bênção que Deus envia aos seus eleitos. Não vos aflijais, portanto, quando sofrerdes, mas, pelo contrário, bendizei a Deus todo-poderoso, que vos marcou com a dor neste mundo, para a glória no céu […]

O combustível deste mundo

Quando o Mestre, há aproximadamente 2.000 anos, reportou-se ao sofrimento, não teve a intenção de fazer apologia à amargura e sim de nos lembrar da lei universal de ação e reação, causa e consequência de nossos equívocos. Evoluir implica em remendar os rasgados de nossa vida pregressa com o bordado da fé ativa e desenvolver novos conceitos a fim de que possamos ser dignos de adentrar mundos mais perfeitos. O sofrimento é a trilha pela qual nos encaminhamos através do dever retamente cumprido ao reino de Deus.

Entendamos de vez, que todos neste mundo de provas e expiações, sofrem, sejam dores físicas ou morais, ambas necessárias ao aprimoramento e à depuração do espírito. O mundo tem no sofrimento seu combustível e ele surge primeiramente das nossas imperfeições morais e, secundariamente das próprias condições do globo tais como gravidade, temperatura, instabilidades climáticas, harmonização geológica, desastres naturais, dentre outras. Mesmo o missionário que aqui chega sofre os rigores das leis físicas de um planeta inferior.

Entender e aceitar a dor

Que o sofrimento, principal causa do suicídio, seja entendido e aceito como o medicamento salutar e hábil para erradicar a desesperança e o medo.

Que o existir, com todo seu cortejo de bênçãos e de belezas, seja capaz de, definitivamente, elevar o espírito ao nível de compreensão de que a vida exige a eternidade e o amor dirige e conduz os eventos da Terra. Que o suicídio possa ser erradicado de vez dos pensamentos e dos sentimentos dos povos, para que a paz se achegue e faça morada em todos os corações.

 

LUIZ GONZAGA PINHEIRO no livro Suicídio – a falência da razão

 

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