Progresso de leitura

Ao nos reportarmos às diversas gradações evolutivas dos espíritos, cumpre ressaltar a figura ímpar de Jesus Cristo. Nenhum outro se lhe iguala, dado ser Ele cocriador do nosso mundo. O Cristo já vivia na glória de Deus-Pai, antes que o primeiro sopro cósmico determinasse o agente embrionário do planeta. Sob sua supervisão, ele se fez do átomo gerador do minério primitivo à conformação física do homem.

Bem mais tarde, o amoroso governador da Terra, tomado de compaixão por nós, veio corrigir as distorções humanas do plano inicial, de objetivos divinos.

Allan Kardec, o codificar a doutrina dos espíritos, classificou-os segundo o grau de evolução. Dividiu-os em ordens, subdivididas em classes ou grupos. Não é uma classificação rígida, do mesmo modo que não são exatas muitas divisões das ciências. Há espíritos com características de dois ou mais grupos englobados em um apenas, observada a preponderância desse ou daquele aspecto. Em síntese, o mesmo espírito pode, por gradações elásticas da sua natureza, encaixar-se em várias classes, simultaneamente. A classificação de Kardec é, portanto, apenas para efeito didático.

Onde os demônios habitam

Em O Livro dos Espíritos, Allan Kardec transcreve a resposta de espíritos superiores à pergunta referente a que sejam anjos: São os espíritos puros, os que se acham no mais alto grau da escala e reúnem todas as perfeições.

Anjos não têm asas, como a tradição faz acreditar. Nem tampouco são seres de uma categoria diferente dos espíritos. Sim, espíritos muito evoluídos, que já passaram pela ascensão trabalhosa de centenas de encarnações rumo à fatal felicidade.

Na mesma obra, respondendo à pergunta número 131, se há demônios conforme aprendemos:

Se houvesse demônios, seriam obra de Deus. Mas, porventura, Deus seria justo e bom se houvera criado seres destinados eternamente ao mal e a permanecer eternamente desgraçados? Se há demônios, eles se encontram no mundo inferior em que habitais e em outros semelhantes. São esses homens hipócritas que fazem de um Deus justo um Deus vingativo e que julgam agradá-Lo por meio das abominações que praticam em Seu nome.

Da mesma forma que o inferno é produto de fantasia e superstição, os seres demoníacos se originam dos próprios males. O espírito ignorante e com tendência para o mal revela, na aparência, o seu íntimo, e assume o aspecto urdido em si mesmo. Mas, inferno e aberrações mentais têm limites. O espírito, na provisória condição demoníaca, tem recurso. Depende do seu arrependimento e despertar do desejo sincero de mudar a atitude. Deus vê o menor sintoma de renovação interior e envia, pronto, o socorro a todo aquele que resolva se regenerar. É o bastante para a criação mental de fogo eterno ou de brumas, onde vagueia o perturbado, se dissipar.

 

ALCIENE RIBEIRO no livro Você precisa de respostas – Um manual do espírita principiante

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