Suicídio, nem pensar! É necessário mudar para crescer

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Progresso de leitura

Setembro tornou-se o símbolo da prevenção ao suicídio – setembro amarelo.

Ou mudamos pelo amor ou pela dor.  O amor é universal, é da Lei Divina que todos nós alcançaremos a perfeição e seremos felizes, desfrutaremos do amor pleno. A dor é caminho abençoado de crescimento; quando nos afastamos do amor, ela pode ser a dor que machuca, apenas, ou a dor que nos muda por dentro.

Diz-se que as pessoas mudam por duas razões. Porque aprenderam e vivenciaram ou porque sofreram o suficiente para crescer. Como as árvores no tempo de Deus e da Natureza se livram das folhas que caem mortas, devemos nos livrar dos pensamentos que nos infelicitam também, se queremos crescer.

Acreditar em Deus ou num criador do Universo é o primeiro passo da mudança; outro, é acreditar que somos filhos d’Ele, e por isso imortais; e, por fim, desenvolver a espiritualidade (qualquer religião que nos ensina o bem é boa; a melhor é aquela que nos torna melhores criaturas).

O homicídio e o suicídio são irmãos da mesma doença. Este último ato, equivocado, é sempre fruto de nossa falta de resignação, de fé e de esperança no futuro – afinal, tudo passa. A morte não existe, a não ser para o corpo; o espírito continua, com suas dores e dificuldades agravadas após um suicídio.

A grande decepção dos suicidas é encontrar-se vivo em outra dimensão. E de consolo para todos nós (que os amamos), a certeza de que não existe o inferno para o suicida ou homicida, que eles passam por um estado transitório de sofrimento para o espírito, que a Misericórdia Divina vai contemplar com nova oportunidade de crescimento, mesmo com a dor das consequências de suas escolhas.

Para nossa reflexão apresento significativa mensagem recebida pelo médium Chico Xavier, ditada pelo espírito Emmanuel, sobre a questão do suicídio e delinquência (1):

“Todo rio procede de uma nascente simples.

A maioria dos incêndios se alteia de alguma faísca.

Assim também sucede com o suicídio e a delinquência:

– a reclamação demasiadamente repetida;

– o grito inesperado, desarticulando o equilíbrio emocional de quem ouve;

– o gesto de irritação;

– a frase de crítica;

– a explosão de ciúme;

– o confronto infeliz;

– a queixa exagerada;

– a exigência sem razão;

– a palavra de insulto;

– a resposta à base de zombaria;

– ou o compromisso desprezado.

Qualquer dessas manifestações, aparentemente sem importância, pode ser o início de lamentável perturbação, suscitando, por vezes, processos obsessivos nos quais a criatura cai na delinquência ou na agressão contra si mesma.

E o único remédio que conhecemos até agora contra semelhantes calamidades, a ser usado em favor das vítimas possíveis do suicídio ou em auxílio daqueles que o provocam, é a prática da compreensão e do amor, na embalagem da paciência.”

 

(1) Emmanuel (Chico Xavier) – “Paciência”, lição nº 08 – CEU

 

ARNALDO DIVO RODRIGUES DE CAMARGO é bacharel em direito com especialização em dependência química pela USP/SP/GREA e editor da Editora EME