A tal da felicidade já bateu em sua porta

Progresso de leitura

O autor francês, Charles Pinot Duclos (1704-1772), escreveu que a ingratidão consiste “em esquecer, desconhecer ou reconhecer mal os benefícios, e se origina da insensibilidade, do orgulho ou do interesse”. Curioso notar as origens que Duclos apresenta para a ingratidão, com destaque para o orgulho, velho conhecido nosso. Velho “adversário da humanidade”, como salientou Lacordaire, no capítulo VII de O evangelho segundo o espiritismo, item 11. Em seguida, no item 12, é a vez de Adolfo, bispo de Argel, apresentar o orgulho como fonte de todos os nossos males. E um destes males que disseminamos diariamente é, sem dúvida, a ingratidão.

O ego exacerbado exige muito, mas não oferece nada, nadinha, de GRATIDÃO – pois nosso ego é recalcado, mas nem por isso menor.

Não à toa Francisco, o velho de Assis, pediu a Deus amar mais do que ser amado, porque é morrendo (o ego) que nascemos para a Vida Eterna. Precisamos estar mais cientes do nosso propósito e ir de encontro a ele, antes que a rabugice, a dor e o medo tomem conta de vez de nossas vidas.

E que propósito seria esse?

Um estudo com mais de 10 mil participantes de 48 países realizado pelos psicólogos (claro, quem mais entende de ego?) Ed Diener, da Universidade de Illinois, e Shigehiro Oishi, da Universidade de Virginia, revelou que pessoas de todos os cantos do mundo consideram a felicidade mais importante do que outras realizações pessoais altamente desejáveis, tais como ter um objetivo na vida, ser rico ou ir para o céu.

E o que seria a felicidade?

“Você, com toda certeza, tem a sua definição. Eu tenho a minha. O seu vizinho terá a dele. Os seus parentes próximos ou distantes terão a deles. Seus amigos, da mesma forma, saberão conceituá-la da maneira deles”, explica Ricardo Orestes Forni em seu livro, Sorria: você já é feliz!, da Editora EME.

Na obra, o autor reuniu diversos contos de sua autoria, mostrando ao leitor o quanto de felicidade podemos obter aqui mesmo, na Terra, valorizando as coisas simples e prestando atenção em tudo que sucede ao nosso redor. Além de páginas de consolo e inspiração trazidas por mentores espirituais. E sem se preocupar com uma definição rápida do que seja a felicidade. A preocupação única de Ricardo é demonstrar que o leitor já é feliz, apenas não sabe. Ainda.

Na pesquisa acima mencionada, a maioria das pessoas entende que a felicidade verdadeira é mais do que um emaranhado de sentimentos intensos e positivos — ela é melhor descrita como uma sensação plena de “paz” e “contentamento”. Ou seja, Ricardo Orestes Forni acerta em não buscar uma definição, pois, conforme notamos, não importa como seja definida, a felicidade é parcialmente emocional — e por isso está ligada à máxima de que cada indivíduo tem um ponto de regulação, definido pela individualidade, a bagagem genética – e, como nós bem sabemos, espiritual – de cada um.

Quando o espírito consegue se superar, consegue, enfim, sentir a felicidade plena.

A relação fica evidente no trecho abaixo, retirado de O céu e o inferno:

“Serei na vida futura aquilo que eu próprio houver feito de mim nesta vida; do que nela puder adquirir em qualidades morais e intelectuais nada perderei, porque será outro tanto de ganho para o meu adiantamento; toda a imperfeição de que me livrar será um passo a mais para a felicidade. A minha felicidade ou infelicidade depende da utilidade ou inutilidade da presente existência” (grifo nosso).

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